domingo, 24 de outubro de 2010

Blogs anti-Serra censurados?

Ao receber um scrap de uma amiga fiquei curioso. Ela havia dito que alguns blogs esquerdistas não estavam sendo acessados devido a um eventual risco ao computador.

A mensagem de risco aparecia logo ao se tentar acessar os blogs. No mínimo estranho, não?

Em seguida, entrei no blog do Moraes, professor formado na USP que me deu aula de geografia no Objetivo.

Em seu último post constava algo como:

"Um amigo que não quis se identificar me avisou sobre a possibilidade deste espaço ser vítima de algum tipo de censura. Me senti honrado!

Nunca quis submeter os leitores deste espaço a nenhum tipo de constrangimento, por isso nunca editei os comentários.

Mas um desses comentários trouxe uma maldade escondida. A malandragem foi colocar algum arquivo que torna esse endereço como suspeito de vírus. Neste caso, o PC não irá autorizar o acesso, caso tenha algum dispositivo de segurança.

O atentado atingiu muitos blogueiros, e por incrível coincidência, aqueles mais críticos à campanha de José Serra"

Pra alguns pode até parecer teoria da conspiração, mas pra mim tudo é possível. Ainda mais nesse período de segundo turno, e de total desespero do candidato do PSDB.

Espero que o problema seja resolvido o quanto antes.

Abraços!


sábado, 23 de outubro de 2010

Por que votar no Serra?

Um vídeo muito bem feito por jovens sobre "motivos para se votar no Serra."


Ironicamente mostram como José Serra poderia contribuir de maneira ruim para o país. Além de tudo chega a ser engraçado!

Abraços

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Ao professor Sandro Silva e Costa

Hoje, por volta das 9 da manhã, o professor doutor Sandro Silva e Costa se jogou do 11° andar do Bloco B da UFABC. Um evento marcante para todos os alunos, professores e funcionários, principalmente os que estavam presentes momentos após o incidente.

Um sentimento de tristeza ronda o ar da UFABC hoje, com certeza. Aqui na república aonde moro não é diferente. O que se pôde tirar disso foi o momento para reflexão. Inclusive, foi o que mais fiz desde que soube da notícia.

Afinal, qual sentido da vida?

Somos guiados desde a infância por uma proposta de vida padrão: crescer, estudar, trabalhar, ser bem sucedido, criar uma família, se aposentar, e esperar pela morte. Mas será que isso é a vida?

Em seu blog, Sandro posta "Dormi sentindo o frio do chão e balbuciando qualquer coisa, tendo comido durante o dia todo um cookie, um polenguinho, um copo de suco de laranja, um café, uma esfirra, mais um café e duas bolachas. E hoje às seis da manhã eu estava de pé de novo. Para quê?"

Esse "Para quê?" no final diz muito. E me faz pensar sobre o que almejo em minha vida.
Será que vale a pena perder saúde trabalhando para ganhar dinheiro? Será que vale a pena passar por cima de outras pessoas para ter meus desejos saciados?

Em outra postagem, Sandro diz

"Na academia, o lema é publicar ou perecer: e assim pilhas de palavras, gráficos e equações são produzidas apenas para aumentar a quantidade das coisas que irão, rapidamente, para o lixo da história, inflando por algum tempo o ego e a reputação local de alguns. Meus colegas cientistas contemporâneos são todos mais produtivos e de maior reputação científica do que eu. No entanto, duvido que daqui a cem anos algo que algum deles - e que eu - tenha publicado até hoje venha a ser lembrado.

Pois é, não quero entender como tanta energia pode ser gasta em tanto trabalho vazio: acho mesmo que eu já deveria estar no lixo. Só que, enquanto isso não acontece, irracionalmente continuo produzindo textos vazios como estes."

Realmente, como tanta energia pode ser jogada fora em pró de coisas tão fúteis, tão sem sentido, tão frias e tão individuais.

Ao que me parece, o professor Sandro era uma pessoa maravilhosa e de bom coração. Embora tenha deixado um sentimento de tristeza em todos, também deixou pra trás uma série de mensagens de desabafo que nos fazem pensar, e muito.

Na comunidade de orkut há mais de 300 postagens. No twitter, diversas frases relacionadas ao fato que ocorreu são escritas a todo instante. Pelo que li, sua atitude extrema impactou a todos. Talvez possamos tirar algo de positivo disso tudo. Talvez possamos redefinir nossos valores e, quem sabe, construir um mundo melhor; um mundo em que todos tenham a oportunidade de se sentir realizados por completo.

Estou triste como há muito tempo não ficava...

Fica aqui meu desabafo.

Abraços



segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Repressão policial

Afinal, a polícia serve a quem?

Em teoria, a função da polícia é proteger o povo. Mas será que é isso mesmo o que acontece?

Em 2000, uma manifestação pacífica foi realizada em Santa Catarina em repúdio ao relógio instalado pela Rede Globo nas capitais brasileiras marcando as "comemorações" dos 500 anos do descobrimento do país.

Os manifestantes seguiam pelas ruas gritando "500 anos de exploração". A polícia militar simplesmente chegou e começou a atirar. Uma foto marcante foi a de um estudante com uma pequena placa nas costas, aonde se lia "estudante desarmado".

Em 2005, novamente em Santa Catarina, em torno de 800 famílias tiveram suas casas atingidas pela barragem da Hidrelétrica Campos Novos. Mais ou menos 200 famílias não tiveram nenhum tipo de indenização por suas perdas.

O Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) organizou uma série de manifestações na região. Quatorze agricultores foram presos.

As empresas invadiram espaços que eram dos agricultores. Estes, ao tentarem exigir seus direitos, tiveram da polícia uma resposta clara: Não haverá nenhum tipo de manifestação!
Essa resposta não foi verbal. Os policiais simplesmente chegaram, desocuparam os moradores, e foram embora.

Segundo os relatos de um dos agricultores, suas filhas tiveram que ir ao psicólogo após o incidente, pois estavam com muito medo de policiais.

Ou seja, a polícia, que deveria zelar pela segurança do povo, mais uma vez age na defesa não das pessoas que merecem, mas sim de EMPRESAS.

Além desse caso, tem-se um outro bem mais conhecido. Em Florianópolis, 2005, indignados com o aumento abusivo do transporte público, manifestantes invadem as ruas gritando "Puta que o pariu, é a maior tarifa do Brasil..."

Mais uma vez, cenas lamentáveis. Policiais chegam atirando nos manifestantes, jogam bombas, e atingem pessoas que nem estavam na manifestação.
Em depoimento, uma senhora diz que ao descer do ônibus é atingida e fica desmaiada na rua.

Das pessoas que estavam no protesto, cerca de 36 são presas.

As prisões de algumas pessoas inclusive, foi feita de forma bem suspeita. Alguns dizem até que os policiais conversavam entre si "leva, leva, temos que levar pelo menos alguns [pra delegacia]".

Essa é a polícia a favor da elite. Essa é a polícia a favor dos que já são mais favorecidos em TUDO.

Tudo isso pode ser visto no seguinte vídeo http://vimeo.com/11639619

Conclui-se que devemos lutar SEMPRE! Só dessa forma poderemos conseguir o que realmente por direito é nosso. Só dessa forma poderemos nos expressar da maneira que quisermos. Só dessa forma poderemos vencer esse sistema corrupto por natureza chamado capitalismo!

Abraços

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Cientista famoso descarta Deus na criação do universo


Stephen Hawking é um físico britânico nascido em 1942. Doutor em cosmologia, Hawking teve papel fundamental na história da física moderna.

Na década de 60, foi diagnosticado em Hawking uma doença degenerativa chamada ELA (esclerose lateral amiotrófica). Atualmente, o cientista anda numa cadeira de rodas especial projetada sob medida para ele.


Nesta semana, Hawking polemizou ao declarar que para a física moderna, Deus não teve participação na criação do universo.

Essa afirmação foi feita em seu novo livro, The Great Design. Entretanto, alguns dos trechos foram publicados nessa quinta-feira no jornal britânico The times.

"Devido à existência de uma lei como a da gravidade, o Universo pode e vai criar a si mesmo do nada!", afirma o cientista no livro.


Abraços




terça-feira, 31 de agosto de 2010

Lula e o preconceito

Lula falando um pouco sobre o preconceito


Isso me fez lembrar inclusive um e-mail que recebi recentemente.

Nele, havia uma parte que falava ironicamente das qualidades de lula, como "ele nunca estudou; nem gari ele poderia ser pois não tem ensino fundamental; ele não fala inglês; ele não tem humildade..."

Abraços

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Datena x Ateus

Não acompanho os programas do Datena, motivo pelo qual só fiquei sabendo dessa estupidez hoje.

Uma das últimas vezes que vi seu programa foi quando a polícia invadiu a USP devido a manifestação dos estudantes. Nessa ocasião, Datena disse "...estudante tem que estudar, e não ficar fazendo confusão"

A idéia que ele transmitia era clara: A polícia pode bater e o estudante tem que ficar quietinho. Protestar é coisa feia. Bonito é baixar a cabeça e não questionar.

Pois deve ser exatamente isso que ele pensa, afinal, é um grande devoto a Deus e nunca deve ter questionado os valores que sua religião prega como sendo verdade absoluta.

Em um de seus programas no mês passado, Datena simplesmente passou dos limites. Talvez inconformado com um crime bárbaro, em que um senhor de idade havia sido enterrado vivo, Datena começou a dizer que quem crê em Deus não comete crime bárbaro. E disse mais! Ao fazer uma pesquisa com o título "Você crê em Deus?" e ver que havia diversos votos "não", disse que esses votos só poderiam estar vindo da cadeia!

Além disso, disse que temos que crer em alguma coisa, e que quem comete crimes de tal nível não tem Deus no coração. Ou seja, o problema da humanidade é a falta de Deus. Mas será mesmo? Talvez Datena não conheça os países que vivem em guerra até hoje devido ao fanatismo religioso.

Datena disse também que não precisa da audiência dos ateus. "Quem for ateu e quiser mudar de canal pode mudar. Não preciso da audiência de alguém que não crê em Deus". Talvez se Datena tivesse um programa na Suécia não teria tanta audiência

Como alguém que se julga tão preocupado com o bem-estar social pode proferir tais coisas? Datena, por ser uma pessoa pública e ter uma audiência considerável, deveria no mínimo ter pensado bem antes de sair por ai dizendo tais coisas, afinal, é um formador de opiniões. Sua atitude demonstra seu preconceito com relação às pessoas que não crêem em Deus e sua tamanha ignorância.

Em seu outro programa, voltou com o assunto, dessa vez se defendendo. Algo como "Tem ateus que são gente boa. Eu não disse que quem é ateu não é gente boa. Eu disse que geralmente quem é ateu não tem limites, pois não acredita no inferno."

Quem viu o primeiro programa sabe que o que ele disse não foi isso, mas tudo bem.

Só espero que o Datena tenha umas aulas de história e filosofia até o final de sua vida.

Abraços




domingo, 25 de julho de 2010

Governos atacam direito dos aposentados para enriquecer banqueiros

Para os capitalistas, o que vale um trabalhador? Será que sua família, que depende de sua renda para sustento, ou suas dívidas acumuladas abalam em alguma coisa o dono de uma empresa na hora da demissão?

Ao analisar a sociedade, percebe-se que a resposta é simples: não!

O trabalhador é visto como uma simples peça na enorme engrenagem do sistema capitalista. Não passa de um número facilmente substituível. Uma força de trabalho inesgotável, gerador de lucros e nada mais.
Além disso, basta que surja a primeira crise econômica que o trabalhador é o que mais sofre. As demissões em massa são um bom exemplo.

Se a visão do trabalhador ativo é essa, o que dizer então do aposentado? Este, que passou boa parte da vida contribuindo com a arrecadação do Estado, na hora de tirar seu tão sonhado e merecido descanso, se depara com uma realidade revoltante.
Os governos, que têm por obrigação "manter" o aposentado, vêem o mesmo como um fardo; um peso nas contas públicas, do qual precisam se livrar ou reduzir ao mínimo, para que uma boa parte dos recursos seja destinada à monopólios privados ou especuladores internacionais.

Vemos no mundo inteiro uma intensa luta dos governos em dificultar cada vez mais a concessão de aposentadorias, fazendo com que o trabalhador trabalhe mais, contribua mais, e receba menos

Na França, o presidente Nicolás Sarcozy anunciou no dia 17/06 desse ano um projeto de reforma na previdência, que tem como objetivo aumentar a idade mínima para a aposentadoria. Além disso, o tempo mínimo de serviço também deve aumentar, fazendo com que alguns franceses possam se aposentar apenas com 67 anos.
Na Grécia, a situação também é grave. O pacote ditado pelo FMI que prevê o aumento da idade de aposentadoria gerou revolta, incluindo 3 greves gerais no país inteiro!
Os países citados não são exemplos isolados. Este processo ocorre pela Europa inteira, em países como Alemanha, Espanha e Grã-Bretanha.

"No Brasil, desde o governo FHC os trabalhadores vêm sofrendo com ataques a seus direitos previdenciários. Em 1998, o Congresso Nacional aprovou a Emenda Constitucional n° 20, que promoveu uma completa reforma na previdência, retirando direitos dos aposentados. Um ano depois, FHC completou seu ataque com a promulgação da lei que criou o fator previdenciário, uma fórmula complicada inventada para reduzir o valos dos benefícios para aqueles trabalhadores que optarem por se aposentar mais cedo." - Jornal A Verdade, 118.

Não podemos esquecer do governo petista, que na época era oposição e combateu a reforma previdenciária. Ao assumir o governo, nada se mudou para melhor. Muito pelo contrário. O que se viu em 2003 foi Lula levando ao Congresso seu próprio projeto de reforma da previdência, desta vez direcionado contra os direitos dos servidores públicos, que viram taxação absurda de 11% sobre suas aposentadorias e pensões.

Situações como estas não podem passar desapercebidas. Temos que continuar investigando e trocando informações. Aceitar de braços cruzados e continuar reclamando não resolverá nada.

Abraços

sábado, 24 de julho de 2010

Crise ambiental e progresso

A seguir, meu trabalho de Ciência, tecnologia e sociedade, com o título "Crise ambiental e Progresso".

A relação entre os dois foi estabelecida, seguindo a leitura dos textos Racionalização subversiva: tecnologia, poder e democracia de Andrey Feenberg e A sociedade em rede de Manuel Castells

Alunos:
Luan Guedes
Hedlla Andrade
Paula Mary
Karina Procópio

Universidade Federal do ABC
Julho de 2010

1 - Introdução

No dicionário, a palavra progresso é definida como melhoramento gradual das condições econômicas e culturais da humanidade, de uma nação ou comunidade. De forma mais sucinta e menos precisa, designa-se progresso como sendo a ação ou ato de progredir.

O progresso do homem ao longo da história está ligado diretamente ao progresso técnico e científico, que, segundo os positivistas, servem a toda humanidade e contribuem para o desenvolvimento desta, imprimindo maior racionalidade às ações humanas.

O aparecimento da pedra lascada, tido por alguns autores como consequência de ação humana, é um exemplo de aprimoramento da técnica. Já a tecnologia está além de um simples aprimoramento desse tipo, ou conjunto de várias técnicas. O que distingue a tecnologia da técnica é a base científica .(KRÜGER, 2001)

Tem-se a ciência como aliada à técnica principalmente a partir da segunda revolução industrial, onde os avanços com relação ao uso da eletricidade foram fundamentais. Hoje, vive-se a terceira revolução industrial, que ao contrário das anteriores, não se limita a produtos de pouco valor agregado. Isto significa que o produto final apresenta elevado valor, mesmo que tenha sido gasto pouca quantidade de matéria-prima.

Desde meados do século XIX, período em que se deu a segunda revolução industrial, combustíveis fósseis não renováveis são utilizados. Seu consumo foi crescente, decorrente do aumento das necessidades do homem. Além disso, a partir desse período, ações consideradas danosas para o meio ambiente se intensificaram.

Decorrente desse processo, catástrofes naturais se tornaram mais frequentes, e hoje o homem têm acesso à informações diárias referentes à queimadas, vazamentos de óleo no mar, depósito de lixo químico doméstico, industrial e hospitalar no solo sem qualquer cuidado, etc. Portanto, pode-se dizer que o homem vive em meio à uma crise ambiental.

A relação da crise ambiental com o progresso pode se mostrar não perceptível vez ou outra. Por tal motivo, neste trabalho se discutirá tal relação de maneira a deixá-la clara, utilizando além da bibliografia citada, os textos Racionalização Subversiva: Tecnologia, Poder e Democracia de Andrew Feenberg e A sociedade em rede de Manuel Castells.

2 - Progresso

O progresso não se limita somente ao crescimento econômico, nem apenas à evolução tecnológica, mas também à melhoria no bem-estar social. Este último pode até ser discutível. Entretanto, nota-se que a melhoria das condições econômicas e a ascensão da tecnologia com o tempo são incontestáveis. E, ao se falar em evolução, tanto na parte econômica quanto na tecnologia e na ciência, não se pode deixar de mencionar um dos grandes marcos na história: a revolução industrial.

A primeira etapa da revolução ocorreu por volta do século XVIII. Neste período, os trabalhadores passaram a trabalhar para alguém, perdendo portanto, o controle dos lucros obtidos e dos processos de produção. A mecanização da indústria pelas máquinas a vapor, aliada à invenção da locomotiva (que por sua vez foi muito importante para o transporte de pessoas e mercadorias), mudaram o modo de vida daquela época.

A segunda etapa se deu na segunda metade do século XIX. Desta vez, porém, o que teve papel fundamental foi o desenvolvimento da indústria química e elétrica, e o trabalho com petróleo e aço, já que não houve mudanças significativas no modo de produção. Pode-se dizer então que nesta fase da revolução industrial, houve apenas um aprimoramento das técnicas desenvolvidas na primeira fase.

A terceira e última fase da revolução industrial é a qual o ser humano vive atualmente. Na medida em que novos contextos as exigiam, as teorias organizacionais foram surgindo como novas alternativas. Começando com o fordismo, criado por Henry Ford. Esse sistema de produção revolucionou a indústria no início do século XX e permaneceu como modelo padrão até a década de 70, quando foi superado pelo toyotismo (ou japonização do fordismo).

Em 5 de julho de 1723, em Kirkcaldy na Escócia, nasce Adam Smith. As revoluções industriais trouxeram muitas dúvidas, e foi justamente o pensador escocês, considerado um dos fundadores das ciências econômicas, quem tentou responde-las. Além disso, sua posição liberal foi extremamente influente e decisiva para o pioneirismo da revolução industrial nos países britânicos.
Para ele, a posição individualista do ser humano era benéfica para todos, pois quando alguém trabalhava pensando em si mesmo, o fazia da melhor maneira possível. A busca pelo lucro era, portanto, um fator que beneficiaria à sociedade.

Entretanto, pode-se atribuir a crise ambiental atual ao descaso do ser humano com o meio ambiente em consequência da busca incessante pelo lucro, tão defendida por Adam Smith. Nota-se que a posição individualista, neste caso, não beneficia ninguém. Pelo contrário. A degradação do meio ambiente prejudica a todos, em custo do acúmulo de capital por parte de algumas empresas.

Chega-se então a um impasse. Pode-se falar de progresso como um todo, sendo que o bem-estar social se limita às pessoas com alto poder aquisitivo, em detrimento dos menos favorecidos economicamente, que sofrem cada vez mais com os efeitos das agressões ao meio ambiente? O que se pode afirmar é que o progresso econômico e tecnológico está inteiramente ligado à crise ambiental.

3 - Crise Ambiental

3.1 Um apanhado rápido sobre a crise ambiental

A crise ambiental é o conjunto de ações danosas que o homem vem causando ao longo de sua existência. Essas ações são realizadas para suprir suas necessidades da população, que aumentam a cada dia. São atitudes como utilização de agrotóxicos, o desmatamento desenfreado, e as queimadas. Leva-se em conta também que cada nação esta sempre lutando por seu desenvolvimento, o que acarreta na poluição, e na grande degradação do meio ambiente. Alem disso, a má educação da sociedade com o meio ambiente acarreta na distribuição de lixos químicos domésticos, industriais e hospitalares, diariamente depositados em locais inadequados e sem o devido tratamento para tais.

3.2 A origem da crise

A crise ambiental teve origem entre a Idade Média e Moderna, especialmente no período da Revolução Industrial, quando se começou a utilização exagerada de recursos naturais do meio ambiente em nome do capital, do lucro e do desenvolvimento. Em nome do ultimo, há a destruição de florestas, poluição dos rios, do solo, do ar, com a finalidade de gerar riqueza. Ou seja, o homem retira os recursos naturais para satisfazer alem de suas necessidades, e desejos, os interesses econômicos, fazendo da destruição algo cada vez maior.

3.3 Consequências da crise

São inúmeras as consequências da crise, como o aquecimento global, o efeito estufa, poluição do ar, alterações climáticas, entre outros. A natureza é capaz de reciclar e recuperar algumas delas, entretanto dependendo do grau e tipo de destruição os danos irreversíveis, o que preocupa a população para alguns recursos daqui há alguns anos.
O aquecimento global é o fenômeno causado pela liberação de gases dióxido de carbono, metano e óxido nitroso, que forma uma camada em torno do planeta, impedindo que a radiação solar, que refletiria automaticamente na superfície em forma de calor, é o chamado efeito estufa, ou seja, dióxido de carbono jogado na natureza. Ele é o maior causador das últimas catástrofes que vem assustando o mundo. Dentre as várias causas que este fenômeno vem causando pode citar as alterações climáticas, o desequilíbrio do regime de chuvas, o derretimento acelerado das geleiras do Ártico. O desmatamento e a queimada de florestas e matas também colaboram para o processo. Os raios do Sol atingem diretamente o solo e irradiam calor na atmosfera. Como esta camada de poluentes dificulta a dispersão do calor, o resultado é o aumento da temperatura global.
O efeito estufa é a elevação da temperatura da Terra em razão do alto nível de liberação de dióxido de carbono (CO2), entre outros gases. É causado pelos gases provenientes da queima de combustíveis fósseis, que permitem que a radiação solar penetre na atmosfera, retendo grande parte dela e gerando aumento de temperatura. Este aumento acarreta no derretimento das geleiras polares e conseqüentemente com o aumento do nível do mar, que juntamente com a temperatura, causa freqüente furacões e tornados.
A poluição do ar gerada atualmente é resultado, principalmente, da queima de combustíveis fósseis como, por exemplo, carvão mineral e derivados do petróleo, como gasolina e diesel. A queima destes produtos lança uma grande quantidade de monóxido de carbono e dióxido de carbono na atmosfera. Ambos os combustíveis são responsáveis pela geração de energia que alimenta os setores industriais, elétricos e de transportes de grande parte das economias do mundo.

4 - Crise ambiental e Progresso - Análises

4.1 Crise e modernidade técnica

Observando a história, podemos buscar alguns fatos no passado, como a tragédia da Ilha dePáscoa, o desmatamento na Grécia antiga ou a perda de recursos biológicos da Europa Medieval, evidenciando que o processo de mudança ambiental e transformação da paisagem não é absolutamente um fenômeno de hoje.

O domínio da técnica cresce a passos largos desde o início da Idade Moderna. Na atualidade, convivemos com duas derivações desse contexto: as novas tecnologias de informação e a crise ambiental. A busca pelo conhecimento que permitiu a tecnologia da informação é a mesma que revolucionou os processos industriais geradores de externalidades negativas. Simultaneamente ao fato de convivermos com a possibilidade de um desastre ecológico, existe também a viabilidade de se aplicar e controlar os avanços da ciência e da tecnologia para construir um mundo mais sustentável - ambiental e sócio-economicamente -, pois as novas tecnologias de informação podem desempenhar importante papel para mitigar os impactos ambientais da produção industrial, ao estimular a produção de mais conhecimento e no desenvolvimento de tecnologias mais apropriadas. A técnica não deve ser alvo apenas de críticas negativas, mas de uma proposta positiva, que aborde critérios para fazer escolhas dentro do mundo técnico[1].

Pensando de modo ecológico, pode-se entender a crise ambiental como o desequilíbrio causado pelo crescimento sem controle das populações e, consequentemente, pelo aumento da necessidade de extração de recursos e bens naturais para abastecer estas grandes populações no determinado habitat. Mas o ambiente deve ser analisado além ecologia, é “complexidade do mundo; é um saber sobre as formas de apropriação do mundo e da natureza através das relações de poder que se inscrevem nas formas dominantes do conhecimento” (LEFF, 2002, 17).

Os sinais de ameaça da crise aparecem em problemas específicos, tais como o (a) desequilíbrio da produção de alimentos e do crescimento da população humana, (b) a redução da produtividade de vastas áreas de terra, (c) o mau uso e a poluição das águas, (d) a mudança gradual dos climas regionais e globais como resultado das atividades urbanas e das técnicas agrícolas, (e) a destruição de importantes espécies da fauna selvagem e a alteração das comunidades naturais e a (f) proliferação de organismos transmissores de doenças e epidemias. Estes problemas são sintomas de distúrbios de processos efetuados a nível de Biosfera como um todo, distúrbios esses capazes de reduzir a níveis mortais a qualidade e a produtividade do meio natural mundial[2].

A população humana atingiu um nível em que as exigências de recursos naturais requerem uma exploração maciça de todos os ambientes terrestres, fluviais e marítimos. A exploração de certos recursos alimentares tais como a pesca marítima (Borgstrom, 1970) está se aproximando de um nível máximo possível. Ao mesmo tempo, o homem mostra-se profundamente ignorante em relação aos fatores básicos responsáveis pela produção destes recursos e relativamente às consequências, a longo prazo, de seus métodos de exploração.

A tecnologia acarretou maiores problemas além dos da super exploração. As atividades agrícolas, industriais e urbanas tornaram-se agentes de padrões globais de poluição, alguns dos quais ameaçam os processos básicos da Biosfera. A tecnologia chegou a um ponto tal que novos desenvolvimentos podem levar a consequências prejudiciais, de caráter universal, antes que possam ser avaliados seus efeitos. (Commoner, 1966).

A ciência e a tecnologia são as instituições centrais da reforma ecológica; elas são as principais instituições de uma economia ecologizada. Enquanto uma das principais causadoras da crise ambiental, a ciência e a tecnologia têm suas trajetórias alteradas: são redirecionadas para o desenvolvimento de processos produtivos e produtos ambientalmente mais sadios e que proporcionem a desmaterialização da produção, ou a desconexão ente fluxos materiais e fluxos econômicos[3].

4.1.1 Crise ambiental e progresso segundo os conceitos de Andrew Feenberg.

Uma das grandes preocupações de parte da filosofia e da sociologia, atualmente, é o desenvolvimento de uma teoria crítica da tecnologia que abranja as condições contemporâneas. Tal preocupação é tributária das correntes dos Estudos Sociais de Ciência e Tecnologia que proliferaram a partir dos anos 1980 [4]. Sendo assim, pesquisas atuais a respeito dessa nova teoria concentram-se em explicar onde e como estão fincadas as raízes sociais do conhecimento e da tecnologia, objetos pertencentes a um mundo atual centrado no poder, no mercado e na democracia.

A obra de Andrew Feenberg, ao incorporar criticamente a contribuição dos principais pesquisadores contemporâneos dos estudos sociais da ciência e da tecnologia à discussão que havia ficado estagnada nos anos de 1970, quando pensadores marxistas apontavam as implicações da adoção de uma tecnologia capitalista, é imprescindível para aqueles que percebem a necessidade de construir outro futuro.

O texto “Racionalização Subversiva: Tecnologia, Poder e Democracia” é introduzido por Feenberg de forma a citar os limites da teoria democrática, na qual a tecnologia, segundo o autor, é uma das maiores fontes de poder na sociedade moderna e “quando as decisões que afetam nosso dia-a-dia são discutidas, a democracia política é inteiramente obscurecida pelo enorme poder exercido pelos senhores dos sistemas técnicos: líderes de corporações, militares e associações profissionais de grupos como médicos e engenheiros”[5].

Este conceito defendido por Feenberg, de que a teoria crítica depende da participação democrática, tem como principal empecilho o fato de a tecnologia adotada atualmente pela sociedade ter suas bases formadas pelo modelo capitalista vivenciado por todo o mundo. A seguir, apresentaremos um trecho de uma entrevista realizada no Centro Cultural de Belém do Pará, em 27 de janeiro, durante o I Fórum Mundial Ciência e Democracia, realizado como parte das atividades do Fórum Social Mundial 2009 (Traduzida por Sylvia Gemignani Garcia), em que o próprio autor expõe sua idéia a respeito dessa democratização:

A teoria crítica depende da participação democrática. Como você imagina essa participação hoje em dia?

“Bem, precisamos evitar esquemas formalistas. Nós não vamos pedir à população que vote no tipo de automóvel que deseja para o ano que vem. Penso que a maior parte da participação é informal. Parte dela é, com certeza, legalista, para forçar as pessoas a obedecer a lei ou a pagar pelos danos que fizeram. Há outro âmbito de participação pública, que toma a forma de movimentos de protesto e controvérsias na esfera pública. Existem, ainda, consultas organizadas pelos governos, que eles chamam 'júris de cidadãos' ['citizens juries'] em certos países. Na Holanda e na Noruega, por exemplo, reúnem-se pequenos grupos de cidadãos com especialistas, para que eles sejam informados sobre tecnologias específicas. Há muitas modalidades de intervenção e penso que todas juntas estão criando uma esfera pública técnica, na qual a tecnologia torna-se mais um tema sobre o qual as pessoas falam no discurso político. Não há mais um Deus, a quem se deve obedecer” [6].

Segundo Feenberg, alguns teóricos afirmam que a tecnologia não é a responsável pela concentração do poder industrial e que esta questão está relacionada com a vitória do capitalismo e das elites, historicamente falando. Mesmo concordando que a tecnologia moderna tem contribuído para a administração autoritária, esses teóricos dizem que em outro contexto social, a tecnologia poderia ser operacionalizada de forma democrática.

Afim de que a sociedade moderna se enquadre na participação democrática sugerida por Feenberg, serão necessárias tanto mudanças técnicas radicais quanto mudanças políticas. E para afirmar as potencialidades democráticas da indústria moderna será necessário desafiar as premissas do seu determinismo, conhecidas como tese do progresso unilinear e a tese de determinação pela base.

“O determinismo se baseia na suposição de que as tecnologias têm uma lógica funcional autônoma que pode ser explicada sem se fazer referência à sociedade. Presumivelmente a tecnologia é só social apenas em relação ao propósito ao qual serve, e propósitos estão na mente do observador” [5].

A tese do progresso unilinear baseia-se na idéia de que o progresso técnico parece seguir um curso fixo de configurações menos avançadas para as mais avançadas. Sendo assim, o progresso técnico procede a partir de níveis mais baixos de desenvolvimento para os mais altos e este desenvolvimento segue uma única sucessão de fases necessárias. Entretanto, uma análise mais aprofundada do tema nos permite concluir que o desenvolvimento tecnológico não é unilinear, pois se ramifica em muitas direções e poderia alcançar níveis geralmente mais altos ao longo de mais de um caminho diferente.

Já a tese de determinação pela base afirma que as instituições sociais têm de se adaptar aos "imperativos” da base tecnológica. Entretanto, novamente analisando, percebe-se que o desenvolvimento tecnológico não é determinante para a sociedade mas é sobredeterminado por fatores técnicos e sociais.

Sendo assim, as diferenças do modo como os grupos sociais interpretam e usam objetos técnicos é que vai determinar seu destino e suas melhorias. Dessa forma, percebemos a importância em se estudar a situação sócio-política dos grupos sociais, para assim, entender o desenvolvimento tecnológico.

Segundo o autor, “As tecnologias são selecionadas a partir destes interesses entre muitas possíveis configurações. Na orientação do processo de seleção estão códigos sociais estabelecidos pelas lutas culturais e políticas que definem o horizonte sob o qual a tecnologia atuará”[5].

Portanto, as tecnologias são perfeitamente adaptadas às mudanças sociais e o “código técnico” do objeto é responsável pela mediação do processo de escolha das possibilidades apresentadas para o desenvolvimento.

A teoria proposta por Feenberg sugere a possibilidade de revolucionar o conceito de tecnologia. Contudo, os críticos distópicos argumentam que apenas pelo fato de se procurar eficiência ou efetividade técnica já se faz uma violência inadmissível aos seres humanos e à natureza, destruindo a integridade de tudo isso. Cada vez mais esta crítica ganha forças, partindo da observação da realidade e relacionando-a com os perigos cada vez mais próximos com que a tecnologia moderna ameaça o mundo de hoje.

Entretanto, a forma como a tecnologia é aplicada depende do modo em que as demandas contemporâneas são interpretadas. Como por exemplo: sabe-se da necessidade de se fazer uma tecnologia que respeite o meio ambiente, assim como diversas outras necessidades sociais demandam um avanço tecnológico capaz de colaborar economicamente e, principalmente, socialmente, sem agredir os princípios da vida em sociedade.

A definição de tecnologia presente em nossa sociedade atual corresponde a um meio de obtenção de lucro e poder, fazendo com que a preocupação ambiental se torne um tipo de resistência à forma de tecnologia desenvolvida. Para que essa concepção seja mudada, faz-se necessário compreender a tecnologia de modo muito mais abrangente, baseada na responsabilidade para os contextos humanos e naturais da ação técnica.

Dessa forma, o progresso advindo de ações tecnológicas, quando democratizado, não se atém apenas as imposições do mundo material capitalista, e sim a trazer benefícios essenciais demandados pela sociedade de forma a pensar em qual a melhor maneira que pode ser introduzido sem ultrapassar os limites culturais e ambientais, que são fundamentais para que haja harmonia entre o homem e a natureza.

A crise ambiental vivida atualmente é um reflexo deste progresso centrado nas mãos dos senhores do sistema técnico, que ainda desenvolvem a tecnologia sem estudar intensamente os impactos sociais e ambientais que serão causados, ou até mesmo sabem as conseqüências de sua implementação, mas estão profundamente envolvidos com uma questão muito mais econômica do que humanitária, herdada da necessidade compulsiva por avanços tecnológicos presente no sistema capitalista vivenciado pelo mundo atual.

Agora, conhecendo a teoria proposta por Feenberg, será que é possível reverter este quadro de desastres que é acentuado a cada dia? Será que se as pessoas tivessem consciência que seu desejo por bens não fundamentais à vida o meio ambiente não seria melhor preservado? Será que reivindicando a democracia, o progresso traria não só benefícios lucrativos? Não se pode afirmar nada, pois sua teoria depende do entendimento e do objetivo do ser individual para que venha a se concretizar em benefício coletivo, da sociedade como um todo. O que se pode dizer é que sua obra fornece um guia seguro para pesquisadores e fazedores de política que, no mundo inteiro, buscam uma visão crítica sobre a tecnociência que contribua para evitar as catástrofes sociais, econômicas e ambientais que afligem nossa civilização.

5 - Referências Bibliográficas

[1]Oliveira, Ricardo Devides. CRISE AMBIENTAL COMO CRISE DA RACIONALIDADE CIENTÍFICA MODERNA: UMA REFLEXÃO FILOSÓFICA PARA UM OLHAR HOLÍSTICO À CIÊNCIA GEOGRÁFICA. Editora da UNESP, 2009. São Paulo


[2]http://www.photographia.com.br/texto1.htm último acesso em 21/7/2010

[3]Borinelli, Benilson. Instituições e Crise Ambiental: Contribuições da Sociologia Ambiental.

Artigo disponivel em http://www.ssrevista.uel.br/c-v9n2_benilson.htm - último acesso em 21/7/2010

[4]http://www.sfu.ca/~andrewf/coletanea.pdf – último acesso em 19/7/2010


[5]FEENBERG, Andrew. Racionalização Subversiva: Tecnologia, Poder e Democracia.


[6]http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1678-31662009000100009&script=sci_arttext – último acesso em 19/7/2010

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Quem irá lucrar com a Copa do mundo?

A copa do mundo deste ano está sendo realizada na África do Sul. O país é considerado o mais desenvolvido do continente africano, e possui inúmeras riquezas naturais, como ouro, platina e diamante. Mesmo assim, metade dos quase 50 milhões de habitantes vivem abaixo da linha da pobreza, 40% da população economicamente ativa se encontra desempregada, e o número de mortes por AIDS e portadores de HIV atinge índices alarmantes.

Mas, ao invés de utilizar dos recursos públicos para atenuar o sofrimento do povo, o governo da África do Sul resolveu dar ouvidos à FIFA e sediar a Copa do Mundo, acreditando que o país atrairia muito dinheiro e investimento estrangeiro. O governo então se endividou, e utilizou os recursos do povo para construção de estádios e infraestrutura para o Mundial.

No total, planejava-se gastar com a Copa 2,15 bilhões de dólares. Porém, o montante já ultrapassou os 8 bilhões.

Com 8 bilhões de dólares, quantas vidas poderiam ser preservadas?

Mas a FIFA não se importa com isso. O lucro da FIFA com a Copa do mundo, referente ao investimento dos patrocinadores e direitos de transmissão somam 4,27 bilhões de dólares!
Para proteger seus patrocinadores (Coca-Cola, Adidas, Castrol, Visa e Sony), a FIFA exigiu que o governo reprimisse duramente qualquer pessoa que tentasse comercializar produtos que não tivessem sua autorização oficial. Resultado: Trabalhadores que tinham suas barracas montadas há anos e dependiam da venda de seus produtos para sobreviver, foram expulsos por fiscais da FIFA e estão proibidos de trabalhar durante a Copa.

Na realidade, a Copa do mundo só fez com que a desigualdade se agravasse. A prova disso é Johannesburgo. Os investimentos do governo se concentram nos bairros em que a população é rica. Nesses locais foi construído metro novo, colocadas novas linhas de ônibus, praças e melhorada as redes de água e energia.

Outra constante no futebol atual é a comercialização de jogadores à preços exorbitantes. O jogador é tratado como mercadoria, e os clubes como fontes de renda altamente lucrativas. É por isso que vemos cada vez mais a presença de grandes investidores nos clubes de futebol, o que tem motivado inclusive, à união de torcedores rivais em alguns países contra a privatização de seus clubes. Na Inglaterra, torcedores do Manchester United e do Liverpool se uniram para tal, exibindo cartazes com as mensagens "Man Utd pelo amor, não pelo dinheiro" e "Fora Gillet e Hicks " (donos do liverpool).

Segundo o jornalista e geógrafo Paulo Favero, "entidades internacionais reguladores do esporte, como a FIFA e a CONMEBOL, organizam o futebol sempre visando o lucro. O jogador vira uma mercadoria que pode ser comprada e vendida em qualquer lugar do mundo, independente das leis trabalhistas de qualquer país. Nenhum outro profissional tem esse acesso tão facilitado".

Diante de tantos negócios e lucros, os trabalhadores sul-africanos perceberam cedo que para conquistar seus direitos, tinham que se organizar e ir à luta. No ano passado, diversos operários realizaram greves e pararam por diversas vezes a construção dos estádios para a Copa exigindo aumento nos salários. E não foi só isso. Em praticamente todos os setores houve paralisações por parte dos trabalhadores.
Tais greves surpreenderam a FIFA e seus patrocinadores, que não têm mais certeza com relação aos lucros nessa Copa. Porém, de uma coisa podem ter certeza: o combativo povo sul-africano, o mesmo que expulsou os ingleses de seu país, conquistou a independência e lutou contra o apartheid, está novamente de pé. Desta vez, lutando contra os causadores do apartheid social, a classe capitalista.

Texto baseado no texto do jornal "A verdade", escrito por Lula Falcão, membro do comitê central do PCR

terça-feira, 18 de maio de 2010

Países com boa parte da população ateista, são os mais pacíficos

O global peace index, é um estudo estatístico que mostra os países mais pacíficos do mundo. Através de seus dados, pode-se notar que os países menos violentos, são os que tem grande parte de sua população ateista, ou seja, que não segue nenhuma religião. Isso porque as religiões passam mensagens de amor e paz. Esquisito não?

A tabela pode ser conferida nesse site http://www.visionofhumanity.org/gpi/results/rankings.php

O ateísmo é visto de maneira ruim pelos crentes, fato que não consigo entender. Como disse sabiamente o intelectual Richard Dawkins, "Imagine um mundo sem ataques suicidas, sem o 11 de setembro, sem as Cruzadas, sem a caça às bruxas, sem a conspiração da pólvora, sem guerra entre israelenses e palestinos, sem massacres sérvios/croatas/muçulmanos, sem a perseguição de judeus como 'assassinos de cristo', sem os problemas da Irlanda do norte, sem assassinatos em nome da honra, sem evangélicos televisivos de ternos brilhantes e cabelo bufante tirando dinheiro dos ingênuos, sem o talibã para explodir estátuas antigas, sem decapitações públicas aos tidos como blasfemos e sem o açoite da pele feminina pelo crime de ter se mostrado em um centímetro. Imagine um mundo sem religião!"

Pesquisas mostram que, ao questionadas sobre confiança para presidir um país, os ateus ficaram em último lugar. Por que? As pessoas nunca verão ateus matando seus semelhantes em nome de seres divinos, jogando aviões em prédios, muito menos criando guerras por territórios sagrados.

Não crer numa vida após a morte, é dar muito mais valor à esta vida, a vida real. Não ter crença religiosa é se libertar de todos os dogmas, de toda a culpa, de todo o medo. É ser livre! É entender cientificamente como a natureza é bela, como o cosmos é intrigante, e como as coisas realmente funcionam.

Outro vídeo interessante é esse http://www.youtube.com/watch?v=WzkODc8cexY
Podemos ver o quão agressivos podem ser os crentes.

Finalizo então com partes da música mais famosa de John Lennon:
"(...) imagine todas as pessoas vivendo em paz, vivendo para hoje, sem nada pelo que lutar ou morrer, e sem religiões também"

Abraços





domingo, 9 de maio de 2010

As mentiras contadas sobre a URSS

Me lembro do final do ensino fundamental, e do começo do ensino médio. Quando aprendia sobre socialismo, percebia seus aspectos bons. Entretanto, logo em seguida, o professor fazia questão de dizer que tudo aquilo era utópico, ou então dizer que o socialismo também trazia mortes, citando campos de trabalhos forçados do "gulag" da União Soviética. Aquilo me tirava totalmente as esperanças de achar um modelo político "perfeito".

Porém, a história contada dos campos de trabalho forçados e das possíveis mortes que ocorreram lá, como bem escreveu Mário Sousa, são diferentes da história real.
Defensores do facismo, conservadores e sensacionalistas, gostam de divulgar números cada vez mais absurdos sobre as mortes "provocadas" pelo socialismo.

A começar pela Alemanha de Hitler, que tinha um grande interesse na Ucrânia. Hitler sabia que a conquista de áreas da União Soviética (como no caso da Ucrânia) exigia um combate com a própria URSS. Goebbels, Ministro da Propaganda de Hitler, deu então início à uma campanha contra a URSS, denunciando Stálin por deixar camponeses sem comida, a fim de lhes mostrar que o socialismo deveria prevalecer. Um falso genocídio, amplamente divulgado, seguindo os interesses nazistas.

Em seguida, William R. Hearst, filho de milionário industrial e que também defendia ideais nazistas, começou uma forte campanha de desinformação.
Hearst era o que podemos definir como sem caráter. Comprava todos seus repórteres, fazendo-os criar notícia, mesmo quando não havia nenhum acontecimento que merecesse uma.
Considerado pai da imprensa marrom (sensacionalista), Hearst tinha uma grande arma na mão: os veículos de comunicação. Ele era proprietário de 25 jornais diários, 24 semanários, 12 estações de rádio, 2 serviços de notícias internacionais, além de muitas outras empresas.
Após visita a Hitler, seus jornais passaram a divulgar inúmeras "revelações" a respeito do comunismo soviético. Uma delas dizia respeito justamente aos mortos na Ucrânia, com a seguinte manchete: "Seis milhões de pessoas morrem na União Soviética".

Na realidade, havia acontecido no começo de 1930 na URSS uma grande luta de classe entre camponeses e os ricos proprietários de terra chamados "Kulaks". Essa luta, que envolvia direta ou indiretamente 120 milhões de camponeses, levou à uma instabilidade na produção agrícola e à falta de alimento em algumas regiões. A falta de comida enfraquecia as pessoas, de forma a deixá-las vulneráveis à doenças epidêmicas, que naquela época eram muito comuns.

"A campanha de desinformação nazista a respeito da Ucrânia não morreu com a derrota da Alemanha nazista na Segunda guerra mundial. As mentiras nazistas foram assumidas pela CIA e pelo M-15 e sempre tiveram um lugar proeminente garantido na guerra da propaganda contra a União Soviética" - Mário Sousa

Outro importante defensor do anti-comunismo e tão mau caráter quanto Hearst foi Robert Conquest. Este, é um dos que mais escreveram sobre as mortes na Ucrânia, além de ser o grande criador de praticamente todos os mitos relacionados à União Soviética. Utilizava como fonte de informação ucranianos exilados nos EUA e pertencentes a grupos de direita.

Seu trabalho deu resultado. Em 1986 foi contratado por Reagen em sua campanha presidencial, para preparar a população norte americana para uma invasão à União Soviética.
Conquest trabalhou para o Departamento de Pesquisa de Informações (que na verdade deveria se chamar Departamento de desinformação do Serviço Secreto Britânico). O trabalho de Conquest era contribuir para a "história negra" das reportagens fabricadas sobre a URSS, distribuída entre as pessoas capazes de manipular a opinião pública.

Além dos autores citados, Alexander Soljenitsin também se destacou por semelhante trabalho. Ficou famoso com seu livro, The Gulag Archipelago. Como havia nascido na Rússia, tinha grande credibilidade em outros países, principalmente nos EUA. Sua postura sempre foi conservadora. Foi usado pelos capitalistas para difundir as idéias anti-comunistas, e o fez com louvor. Entretanto, foi deixado de lado a partir do momento em que sua postura fascista deixou de ser vantajosa para os mesmos.
Soljenitsin foi responsável por publicar um número absurdo de mortos na União Soviética devido ao socialismo - mais de 100 milhões!

Podemos concluir então, que a mídia tem sido grande aliada dos capitalistas. Enquanto não aguçarmos nosso senso crítico, para distinguir entre o que é verdade e o que não é, viveremos nesse mundo fictício criado pelos donos invisíveis do mundo.
Tenham em mente que por trás de toda pesquisa, de toda ação política, de toda guerra, sempre há um interesse não divulgado. Temos que nos atentar à isso, e não encarar mensagens como essas como sendo parte de teorias conspiratórias!

Temos que nos conscientizar que os manipuladores irão utilizar todos os meios para nos convencer que o que fazem é sempre a coisa certa. Sempre irão utilizar todas as maneiras possíveis para nos manter sob domínio. As greves, as revoluções, a luta por nossos direitos, não devem deixar de existir!



Abraços



sexta-feira, 9 de abril de 2010

Onde o budismo se encontra com a ciência?

O budismo nos ensina que a realidade surge do vazio. O computador que está utilizando, e até mesmo seu corpo, estão surgindo do vazio.
Para entender melhor, pense numa folha em branco representando o vazio. Há infinitas possibilidades para seu preenchimento, como desenhos, frases, etc. Ela é então a fonte para infinitas formas de preenchimento (realidade).

Para entender melhor esse conceito, deve-se entender melhor os conceitos de realidade. O que é afinal, o real?

No vídeo que segue, os conceitos de vazio, interconectividade e a natureza da realidade são explorados, tanto na visão budista quanto na visão da física quântica. O mais interessante, é que em ambas visões há uma similaridade muito grande.


O vídeo tem duas partes. Basta clicar no link ao lado para abrir a parte 2 do vídeo.

Abraços

quinta-feira, 25 de março de 2010

Em busca da liberdade, igualdade e eficiência

Mais um artigo publicado por Marcus Eduardo


Este fala um pouco sobre o papel do economista na sociedade

Abraços

sexta-feira, 19 de março de 2010

Quaresma

Se Deus realmente existe e é amor, será que gostaria de ver seus filhos se privando daquilo que mais gostam unica e exclusivamente para provarem sua fé?

Basta usar a lógica para ver que não há sentido algum nessa tradição!

Quem tem fé num Deus, sabe que não precisa prová-la.

Além disso, ser tentado a comer uma barra de chocolate nem se compara a ser tentado pelo demônio, como supostamente jesus foi

Antes de agir de acordo com os costumes e tradições, PENSEM um pouco. É o mínimo!

Abraços!








domingo, 14 de março de 2010

E a afronta continua

Israel anuncia construção de 1600 novas casas na área de jerusalém oriental.

O Brasil se posicionou contra, assim como a Alemanha. Além disso, o conselheiro do presidente Obama, David Axelrod, disse que "foi uma afronta, um insulto", e que tal medida acaba com o esforço já bastante frágil de manter a paz na região.

O anúncio da construção das casas foi feito bem quando o vice-presidente dos EUA visitava Israel. A visita do mesmo tinha como intuito manter as negociações de paz na região, o que tornou a situação um pouco embaraçosa.

Por volta do dia 10 desse mês, se iniciou um processo contra o governo israelita, acusado de matar uma jovem ativista norte americana de 23 anos. Assim como ela, muitas pessoas ao redor do globo continuam com a luta em defesa dos palestinos.

O que achariam se judeus dominassem uma área antes ocupada por sua família? Por seus amigos? Por pessoas de mesma etnia que a sua?
Na minha opinião, do jeito que as coisas estão, infelizmente NUNCA haverá paz na região, independente de negociações.

Para mais notícias, procurem no site http://www.bbc.co.uk/portuguese/

Abraços

sábado, 6 de março de 2010

Cristovam Buarque

Senador, economista, engenheiro e professor. Começou a ter gosto pela política ainda na época da graduação, quando era militante de um grupo esquerdista.

Durante a ditadura militar, se exilou na França, onde obteve doutorado em economia.
Atualmente, Cristovam vive no Brasil.

Recentemente recebi um e-mail com uma proposta de Cristovam Buarque, e achei muito interessante. Segundo a mensagem, o senador propôs que todo político eleito deveria colocar seus filhos em escolas públicas, com intuito de forçá-los a melhorar a educação.

Para Cristovam, " a solução dos problemas esturturais do Brasil e do mundo passa pelo educacionismo (educação/escola/educadores) "

Quem quiser visitar seu blog, esse é o endereço: http://cristovam.org.br/blog/
Há também o link do site oficial do senador: http://www.cristovam.org.br/portal2/

Abraços

quarta-feira, 3 de março de 2010

Pra cima deles Dilma

Video antigo, mas vale a pena ver...


Resposta de Dilma ao senador José Agripino Maia. Este, havia sugerido que por Dilma ter mentido na época em que estava presa, poderia estar mentindo novamente em relação ao escândalo dos cartões.

Dilma foi aplaudida após a resposta.

Abraços

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Economia com face mais humana

Segue um link com um artigo publicado pelo economista Marcus Eduardo de Oliveira.

http://portal.folhanoticias.com.br/?pg=ler&id=11052

Abraços

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Professores da Usp escrevem carta ao governo

Vi no blog do Moraes e resolvi postar aqui também. Se puderem, divulguem!

Nós, professores da Universidade de São Paulo, preocupados com o futuro de São Paulo, vimos por meio deste apresentar nosso total repúdio à política pública urbana que vem sendo implementada no Município, denominada “Revitalização da Marginal do Rio Tietê”, que prevê a construção de seis novas faixas de rolamento (três de cada lado) nessa via, consumindo R$ 1,3 bilhão em investimentos do Governo do Estado, da Prefeitura do Município de São Paulo, e das concessionárias das rodovias que usam o trajeto da Marginal.

Tal obra repete práticas de planejamento equivocadas, que levaram a metrópole ao colapso atual. Ao invés de reverter tal lógica, prioriza o transporte individual em detrimento do transporte coletivo, reproduzindo uma política excludente, além da triste tradição brasileira de obras vistosas que beneficiam a minoria e os setores especializados da construção civil. Ela se opõe frontalmente aos princípios de priorização do transporte coletivo sobre o individual constante do Plano Diretor Estratégico do Município de São Paulo e dos Planos Regionais Estratégicos das Subprefeituras.

O mais inaceitável é que os dados técnicos ratificam esta urgente e necessária priorização do transporte coletivo. A Pesquisa OD 2007, realizada pela Companhia do Metrô, mostra que: a taxa de motorização da Região Metropolitana é de menos de 20 veículos para cada cem habitantes; metade das famílias da região metropolitana não possui automóvel, parcela essa na qual se concentram as de mais baixa renda; e que um terço das 37,6 milhões de suas viagens diárias ainda é feita a pé, em função das péssimas condições sócio-econômicas da população. As viagens de automóvel correspondem a apenas 11,2 milhões, ou seja, aproximadamente 30% do total.

Se somarmos os gastos de todas as grandes obras viárias realizadas nos últimos 15 anos e daquelas previstas para o Centro Expandido da capital, aonde se concentram os estratos de maior renda, chega-se ao montante de vários bilhões de reais, valor mais que suficiente para a implantação de toda a Linha 4 – Amarela do metrô.

A Cidade do México, tomando um exemplo com alguma similaridade com São Paulo, iniciou o seu metrô na mesma época que nossa capital. Atualmente, apresenta uma rede com 202 km de extensão, face aos tímidos 61 km do metrô de São Paulo. Apesar da aceleração recente do ritmo das obras, o incentivo ao transporte coletivo é insuficiente, pois, mantendo-se o ritmo atual, serão necessários ainda assim aproximadamente 20 anos para alcançarmos a quilometragem da cidade do México.

Por outro lado, o sistema de trens, embora tenha uma quilometragem mais extensa que a do metrô, apresenta serviço irregular, com índices de conforto baixíssimos, espremendo seus usuários em uma concentração de 8,7 passageiros por metro quadrado nos trechos mais carregados no horário de pico, segundo dados da CPTM para maio de 2009. E mesmo o Metrô, que já foi fonte de orgulho quando da sua inauguração, ganhou o triste primeiro lugar em lotação entre todos os metrôs do mundo, segundo reportagens recentes.

Por fim, ressaltamos os problemas ambientais e de saúde publica resultantes dessa opção pelo transporte individual, que consome enorme quantidade de combustível fóssil, sendo que a emissão de gases poluentes por pessoa transportada é bem maior que a produzida pelo transporte público que se utiliza do mesmo combustível. Pesquisas do Laboratório de Poluição Atmosférica da Faculdade de Medicina da USP demonstram que a poluição é responsável por 8% das mortes por câncer de pulmão na cidade e que 15% das crianças internadas com pneumonia na rede hospitalar são vítimas da má qualidade do ar na cidade. Mesmo o recente Programa de Inspeção Veicular não consegue resolver esse problema em vista do crescimento da frota de veículos da metrópole que é de 10% ao ano. Além do mais, as obras da Marginal deverão ter impacto metropolitano e regional, porém foram licenciadas apenas no âmbito municipal.

Esse fabuloso investimento em um urbanismo rodoviarista em detrimento da construção de um sistema de transporte público amplo, eficiente e limpo, que atenderia à maioria da população, é um assustador retrocesso, que caminha na contramão da atual preocupação mundial com o meio ambiente. Acreditamos que as políticas públicas urbanas devam ser ambientalmente responsáveis e pautadas pelo atendimento das demandas da maior parte da sociedade. Políticas como aqui apontadas reforçam o caráter segregacionista da nossa cidade, privilegiando os estratos de maior renda e relegando a maioria da população a condições precárias de transporte e mobilidade, com danos ambientais para todos os cidadãos da metrópole. Por fim, esta obra não resolverá os problemas de transito da cidade, e muito menos da própria Marginal do Tietê.

Alexandre Delijaicov
Ana Cláudia C. Barone
Carlos Egídio Alonso
Catharina P. Cordeiro S. Lima
Eduardo A. C. Nobre
Erminia Maricato
Eugenio Queiroga
Euler Sandeville
Fábio Mariz Gonçalves
Flávio Villaça
João Sette Whitaker Ferreira
José Tavares Correia de Lira
Maria de Lourdes Zuquim
Maria Lucia Refinetti Martins
Nabil Bonduki
Paulo Sérgio Scarazzato
Paulo Pellegrino
Raquel Rolnik
Roberto Righi
Vladimir Bartalini