Hoje é o dia mundial sem carro. Provavelmente a chuva desencorajou bastante quem pretendia deixar o carro na garagem e ir trabalhar ou estudar utilizando sua bicicleta, transporte público, ou indo apé mesmo.
Numa cidade como São Paulo, com 11 milhões de habitantes aproximadamente, 6 milhões de carros é muita coisa. A cada 2 habitantes, mais de 1 tem carro.
Ando de trem e metrô quase todos os dias, e não sofro com o trânsito. Porém, conheço bastante gente que depende de seu veículo e sofre com os congestionamentos todos os dias
As facilidades de adquirir um carro são grandes. Basta ir à concessionária, financiar em 1000000 vezes e pronto. Qualquer um que trabalha e tem sobras no final do mês consegue comprar um veículo. Sem contar que no mundo capitalista, consumista e fútil em que vivemos, a aquisição de um carro é bem compreensível.
Quando falamos em congestionamento, devemos lembrar que o governo é que não investiu em transporte público, e ao invés disso, preferiu construir rodovias. Nessa mesma época, os europeus e nossos hermanos argentinos já tinham um grande sistema ferroviário. Por que não fizemos o mesmo? Atrair empresas gringas para o Brasil era prioridade. Qual empresa automobilística iria se instalar num país, se neste não houvesse rodovias para os carros andarem?
A ganância por lucro passou por cima dos interesses da maioria. A população veio em segundo plano. Éramos e ainda somos ferramentas. Servíamos e ainda servimos apenas para comprar, consumir. As idéias introduzidas em nossa mente nos estimulando a comprar são constantes.
Assistindo televisão esses dias, vi um comercial que me chamou atenção. Era uma propaganda de moto, creio que da Honda, com o seguinte slogan: Liberte-se. A expressão simboliza a independência - "Você com sua moto pode fazer o que quiser, ir aonde quiser, é livre, independente, não precisa pegar trem nem ônibus, basta comprar!".
Além disso, conforme consta no site http://www.apocalipsemotorizado.net/2006/12/01/gentileza-ou-egoismo/, pasmem, no próprio trem existe uma propaganda estimulando à compra de veículos. Com o slogan: "Seja gentil, libere seu lugar no trem", e uma mulher com uma chave enorme de carro na mão, o Banco do Brasil nos mostra uma grande irresponsabilidade social.
Espero que daqui pra frente a consciência dos governantes aumente um pouco. Não podemos nos contentar apenas com campanhas contra o fumo, enquanto a quantidade de carros vendidos se mantém altíssima todos os anos. Este ano por exemplo, mais de 1 milhão de novos carros estão circulando por SP. A conscientização das pessoas é fundamental. Na Europa por exemplo isso ja foi cogitado. Propagandas referentes ao prazer e às vantagens que um carro proporcionam iriam ser substituídas por propagandas informando a quantidade de CO2 emitido pelo carro a ser vendido.
Não digo nem ano que vem, mas tomara que num futuro próximo, as bicicletas e o transporte público sejam mais utilizados, a ponto de não precisarmos de um "dia sem automóvel"
Abraços
Numa cidade como São Paulo, com 11 milhões de habitantes aproximadamente, 6 milhões de carros é muita coisa. A cada 2 habitantes, mais de 1 tem carro.
Ando de trem e metrô quase todos os dias, e não sofro com o trânsito. Porém, conheço bastante gente que depende de seu veículo e sofre com os congestionamentos todos os dias
As facilidades de adquirir um carro são grandes. Basta ir à concessionária, financiar em 1000000 vezes e pronto. Qualquer um que trabalha e tem sobras no final do mês consegue comprar um veículo. Sem contar que no mundo capitalista, consumista e fútil em que vivemos, a aquisição de um carro é bem compreensível.
Quando falamos em congestionamento, devemos lembrar que o governo é que não investiu em transporte público, e ao invés disso, preferiu construir rodovias. Nessa mesma época, os europeus e nossos hermanos argentinos já tinham um grande sistema ferroviário. Por que não fizemos o mesmo? Atrair empresas gringas para o Brasil era prioridade. Qual empresa automobilística iria se instalar num país, se neste não houvesse rodovias para os carros andarem?
A ganância por lucro passou por cima dos interesses da maioria. A população veio em segundo plano. Éramos e ainda somos ferramentas. Servíamos e ainda servimos apenas para comprar, consumir. As idéias introduzidas em nossa mente nos estimulando a comprar são constantes.
Assistindo televisão esses dias, vi um comercial que me chamou atenção. Era uma propaganda de moto, creio que da Honda, com o seguinte slogan: Liberte-se. A expressão simboliza a independência - "Você com sua moto pode fazer o que quiser, ir aonde quiser, é livre, independente, não precisa pegar trem nem ônibus, basta comprar!".
Além disso, conforme consta no site http://www.apocalipsemotorizado.net/2006/12/01/gentileza-ou-egoismo/, pasmem, no próprio trem existe uma propaganda estimulando à compra de veículos. Com o slogan: "Seja gentil, libere seu lugar no trem", e uma mulher com uma chave enorme de carro na mão, o Banco do Brasil nos mostra uma grande irresponsabilidade social.
Espero que daqui pra frente a consciência dos governantes aumente um pouco. Não podemos nos contentar apenas com campanhas contra o fumo, enquanto a quantidade de carros vendidos se mantém altíssima todos os anos. Este ano por exemplo, mais de 1 milhão de novos carros estão circulando por SP. A conscientização das pessoas é fundamental. Na Europa por exemplo isso ja foi cogitado. Propagandas referentes ao prazer e às vantagens que um carro proporcionam iriam ser substituídas por propagandas informando a quantidade de CO2 emitido pelo carro a ser vendido.
Não digo nem ano que vem, mas tomara que num futuro próximo, as bicicletas e o transporte público sejam mais utilizados, a ponto de não precisarmos de um "dia sem automóvel"
Abraços