terça-feira, 18 de maio de 2010

Países com boa parte da população ateista, são os mais pacíficos

O global peace index, é um estudo estatístico que mostra os países mais pacíficos do mundo. Através de seus dados, pode-se notar que os países menos violentos, são os que tem grande parte de sua população ateista, ou seja, que não segue nenhuma religião. Isso porque as religiões passam mensagens de amor e paz. Esquisito não?

A tabela pode ser conferida nesse site http://www.visionofhumanity.org/gpi/results/rankings.php

O ateísmo é visto de maneira ruim pelos crentes, fato que não consigo entender. Como disse sabiamente o intelectual Richard Dawkins, "Imagine um mundo sem ataques suicidas, sem o 11 de setembro, sem as Cruzadas, sem a caça às bruxas, sem a conspiração da pólvora, sem guerra entre israelenses e palestinos, sem massacres sérvios/croatas/muçulmanos, sem a perseguição de judeus como 'assassinos de cristo', sem os problemas da Irlanda do norte, sem assassinatos em nome da honra, sem evangélicos televisivos de ternos brilhantes e cabelo bufante tirando dinheiro dos ingênuos, sem o talibã para explodir estátuas antigas, sem decapitações públicas aos tidos como blasfemos e sem o açoite da pele feminina pelo crime de ter se mostrado em um centímetro. Imagine um mundo sem religião!"

Pesquisas mostram que, ao questionadas sobre confiança para presidir um país, os ateus ficaram em último lugar. Por que? As pessoas nunca verão ateus matando seus semelhantes em nome de seres divinos, jogando aviões em prédios, muito menos criando guerras por territórios sagrados.

Não crer numa vida após a morte, é dar muito mais valor à esta vida, a vida real. Não ter crença religiosa é se libertar de todos os dogmas, de toda a culpa, de todo o medo. É ser livre! É entender cientificamente como a natureza é bela, como o cosmos é intrigante, e como as coisas realmente funcionam.

Outro vídeo interessante é esse http://www.youtube.com/watch?v=WzkODc8cexY
Podemos ver o quão agressivos podem ser os crentes.

Finalizo então com partes da música mais famosa de John Lennon:
"(...) imagine todas as pessoas vivendo em paz, vivendo para hoje, sem nada pelo que lutar ou morrer, e sem religiões também"

Abraços





domingo, 9 de maio de 2010

As mentiras contadas sobre a URSS

Me lembro do final do ensino fundamental, e do começo do ensino médio. Quando aprendia sobre socialismo, percebia seus aspectos bons. Entretanto, logo em seguida, o professor fazia questão de dizer que tudo aquilo era utópico, ou então dizer que o socialismo também trazia mortes, citando campos de trabalhos forçados do "gulag" da União Soviética. Aquilo me tirava totalmente as esperanças de achar um modelo político "perfeito".

Porém, a história contada dos campos de trabalho forçados e das possíveis mortes que ocorreram lá, como bem escreveu Mário Sousa, são diferentes da história real.
Defensores do facismo, conservadores e sensacionalistas, gostam de divulgar números cada vez mais absurdos sobre as mortes "provocadas" pelo socialismo.

A começar pela Alemanha de Hitler, que tinha um grande interesse na Ucrânia. Hitler sabia que a conquista de áreas da União Soviética (como no caso da Ucrânia) exigia um combate com a própria URSS. Goebbels, Ministro da Propaganda de Hitler, deu então início à uma campanha contra a URSS, denunciando Stálin por deixar camponeses sem comida, a fim de lhes mostrar que o socialismo deveria prevalecer. Um falso genocídio, amplamente divulgado, seguindo os interesses nazistas.

Em seguida, William R. Hearst, filho de milionário industrial e que também defendia ideais nazistas, começou uma forte campanha de desinformação.
Hearst era o que podemos definir como sem caráter. Comprava todos seus repórteres, fazendo-os criar notícia, mesmo quando não havia nenhum acontecimento que merecesse uma.
Considerado pai da imprensa marrom (sensacionalista), Hearst tinha uma grande arma na mão: os veículos de comunicação. Ele era proprietário de 25 jornais diários, 24 semanários, 12 estações de rádio, 2 serviços de notícias internacionais, além de muitas outras empresas.
Após visita a Hitler, seus jornais passaram a divulgar inúmeras "revelações" a respeito do comunismo soviético. Uma delas dizia respeito justamente aos mortos na Ucrânia, com a seguinte manchete: "Seis milhões de pessoas morrem na União Soviética".

Na realidade, havia acontecido no começo de 1930 na URSS uma grande luta de classe entre camponeses e os ricos proprietários de terra chamados "Kulaks". Essa luta, que envolvia direta ou indiretamente 120 milhões de camponeses, levou à uma instabilidade na produção agrícola e à falta de alimento em algumas regiões. A falta de comida enfraquecia as pessoas, de forma a deixá-las vulneráveis à doenças epidêmicas, que naquela época eram muito comuns.

"A campanha de desinformação nazista a respeito da Ucrânia não morreu com a derrota da Alemanha nazista na Segunda guerra mundial. As mentiras nazistas foram assumidas pela CIA e pelo M-15 e sempre tiveram um lugar proeminente garantido na guerra da propaganda contra a União Soviética" - Mário Sousa

Outro importante defensor do anti-comunismo e tão mau caráter quanto Hearst foi Robert Conquest. Este, é um dos que mais escreveram sobre as mortes na Ucrânia, além de ser o grande criador de praticamente todos os mitos relacionados à União Soviética. Utilizava como fonte de informação ucranianos exilados nos EUA e pertencentes a grupos de direita.

Seu trabalho deu resultado. Em 1986 foi contratado por Reagen em sua campanha presidencial, para preparar a população norte americana para uma invasão à União Soviética.
Conquest trabalhou para o Departamento de Pesquisa de Informações (que na verdade deveria se chamar Departamento de desinformação do Serviço Secreto Britânico). O trabalho de Conquest era contribuir para a "história negra" das reportagens fabricadas sobre a URSS, distribuída entre as pessoas capazes de manipular a opinião pública.

Além dos autores citados, Alexander Soljenitsin também se destacou por semelhante trabalho. Ficou famoso com seu livro, The Gulag Archipelago. Como havia nascido na Rússia, tinha grande credibilidade em outros países, principalmente nos EUA. Sua postura sempre foi conservadora. Foi usado pelos capitalistas para difundir as idéias anti-comunistas, e o fez com louvor. Entretanto, foi deixado de lado a partir do momento em que sua postura fascista deixou de ser vantajosa para os mesmos.
Soljenitsin foi responsável por publicar um número absurdo de mortos na União Soviética devido ao socialismo - mais de 100 milhões!

Podemos concluir então, que a mídia tem sido grande aliada dos capitalistas. Enquanto não aguçarmos nosso senso crítico, para distinguir entre o que é verdade e o que não é, viveremos nesse mundo fictício criado pelos donos invisíveis do mundo.
Tenham em mente que por trás de toda pesquisa, de toda ação política, de toda guerra, sempre há um interesse não divulgado. Temos que nos atentar à isso, e não encarar mensagens como essas como sendo parte de teorias conspiratórias!

Temos que nos conscientizar que os manipuladores irão utilizar todos os meios para nos convencer que o que fazem é sempre a coisa certa. Sempre irão utilizar todas as maneiras possíveis para nos manter sob domínio. As greves, as revoluções, a luta por nossos direitos, não devem deixar de existir!



Abraços