sábado, 14 de novembro de 2009

As aparências enganam

Há tempos recebo e-mails de arquivos e/ou fotos de igrejas evangélicas vs "metaleiros".
Forjadas ou não, uma coisa é certa: rola um certo preconceito para com as pessoas que curtem metal.

Com aparência de mal, os "metaleiros" são geralmente associados a seres das trevas, que não tomam banho e participam de rituais macabros. Muitos têm tatuagens e piercings, agravando ainda mais o problema da "primeira impressão".
Com as bandas de metal não é diferente. Culpadas por levar tantos jovens para o "lado obscuro", estas são vistas como o demônio em pessoa. Mas será que dentro desse "mundo metal" as coisas são assim?

Basta averiguarmos algumas letras de músicas...

Bandas como Kreator, falam de problemas sociais gerados pelo capitalismo em algumas de suas músicas, além de criticar o fascismo e o nazismo em alguns shows.

Já o Stratovarius tem uma música que fala sobre gerar dinheiro enquanto a inflação cresce, fazendo com que mais e mais pessoas fiquem miseráveis e morram de fome.

O grupo alemão Heaven Shall Burn, com uma postura bem esquerdista, em uma das músicas diz: "Pelos mais fracos dos fracos, pelos mais baixos dos baixos, minha voz pelos sem voz, meus punhos pelos inocentes. (...) Não há sepulturas para as milhões de criaturas torturadas, mas há uma sepultura em comum para nossas morais! (...)"

Citei apenas três bandas para não ficar muito extenso, mas poderia ter citado mais. Creio que com apenas essas da pra perceber que apesar da pose de "mal", os respectivos artistas defendem o que pra eles é essencial: o amor, a vida.

E as bandas satânicas?

Bem, antes de mais nada temos que entender que muitos desses músicos nem acreditam no diabo. São apenas ateus revoltados, que encontram na figura de um demônio a possibilidade de zombar daquilo que não acreditam; daquilo que mais odeiam. O próprio Tomas Araya, vocalista e baixista de uma das bandas que mais influenciaram o thrash metal (Slayer), admitiu em uma entrevista que crê em Deus, mas não segue nenhuma religião.

As pessoas religiosas pregam o perdão e a misericórdia, mas pecam logo de cara ao julgar sem conhecer.
Apesar de muitas das posturas adotadas pelos headbangers não se encaixarem no padrão conservador da sociedade, na minha opinião, estes pensam de maneira muito mais sensata e tem uma visão muito mais apurada do que é certo e do que é errado.

Abraços!

Até quando?

Ao saber da crise econômica, os líderes dos países mais ricos no mundo se reuniram as pressas para decidir o que fariam. A decisão foi usar dinheiro PÚBLICO para salvar os bancos.

Sabemos que mais de 1bilhão de pessoas passa fome no mundo. Trinta mil crianças morrem todos os dias (15milhões de mortos por ano). Nem guerras medievais matavam tanto!

Pois bem! Esse é o link das duas informações citadas acima: Se 1% do dinheiro gasto para salvar os bancos (isso mesmo, apenas 1%) fosse utilizado para comprar comida, conseguiríamos alimentar a todos no planeta!!

O pior de tudo, é que nenhuma mobilização referente a fome foi feita pelos líderes dos grandes países. Estão preocupados mesmo é com a fome de dinheiro deles próprios.

Até quando viveremos nisso?
Até quando vidas humanas serão tiradas para que poderosos fiquem cada vez mais ricos?
Até quando nos consideraremos superiores perante aos outros animais, sendo que nossas atitudes não demonstram tanta racionalidade?

Esse assunto é bem clichê e chato para muitos, eu sei. Mas é uma tecla que deve ser tocada várias vezes!

Abraços